Como tenho feito já à algum tempo, aqui vai a minha lista de
melhores filmes do ano. Andei meio ausente de postagens e resenhas de filmes
nos últimos meses, mas pretendo voltar em breve.
Enquanto isso, curta a minha lista. Comente, compartilhe,
fique à vontade.
10. UM CADÁVER PARA SOBREVIVER
Um filme bem estranho, onde um homem prestes à cometer
suicídio em uma raia deserta encontra um cadáver, e passa a fazer amizade com
ele, quando descobre que ele fala mesmo depois de morto. Os dois passam por
aventuras pela mata, enquanto buscam por socorro. Apenas o final anticlimático,
que deixa a trama cair nos clichês (e numa resolução bem sem graça, diga-se) estraga
este filme.
9. ZOOTOPIA
Uma animação que aposta em uma trama policial pra se
diferenciar das outras. Genial! Apesar de a solução do mistério acontecer por
acaso (o chamado “Deux Ex-Machina), e o vilão clichê. Mas nada disso desagrada
aqui. Eu voto como melhor animação do ano!
8. AVE, CÉSAR
Sou suspeito em falar deste aqui, por ser fã dos irmãos Coen.
Um filme “menor” na carreira deles, mas ainda assim brilhante na forma como
trata uma trama cheia de reviravoltas e discursos políticos satíricos, cheio de
um humor bem peculiar. Uma crítica à “caça às bruxas” que perseguia supostos comunistas
na Hollywood dos anos 50, e á própria indústria cinematográfica da época.
7. AQUARIUS
Considerado um dos melhores filmes nacionais do ano, e com
razão, Kleber Mendonça Filho sabe como conduzir uma trama com interesse, mesmo
quando o ritmo é lento. E seus personagens agem com naturalidade, facilitando a
identificação do espectador. Acrescente à isso uma bela crítica social, e temos
um filme imperdível!
6. MUNDO CÃO
Mas, apesar de “Aquarius” ser tão elogiado, eu acho que “Mundo
Cão” é o meu filme nacional favorito do ano. Pelos mesmos motivos que Aquarius,
mas com um ritmo mais frenético, quase
de filme de ação, a trama é cheia de suspense e reviravoltas, e a crítica
social aqui é sobre as emoções que os status sociais causam nas pessoas. A trama
mostra um policial corrupto que quer vingança contra um funcionário de um canil
que sacrificou seu cachorro, seqüestrando o filho dele. A trama ganha peso
quando vingança se sobrepõe à mais vingança, e o “lado negro” de ambos os
personagens são escancarados.
5. A BRUXA
Melhor filme de terror dos últimos anos! Ponto!
Quase sem trilha, com poucos diálogos, e uma simplicidade
angustiante, este filme consegue assustar de verdade por fugir de todos os
clichês que o terror se tornou nos últimos anos. Pode desagradar os fãs de filme
de “sustos indiscriminados”, mas um apreciador de uma ótima história vai adorar
esta pérola do cinema de horror.
4. PELO AMOR DE SPOCK
Apesar de ser um documentário feito mais para os fãs da
franquia Star Trek, qualquer pessoa que se dispuser à ver este filme vai se
emocionar. Mais do que narrar a carreira e a vida de Leonard Nimoy (ator
falecido em 2015), este filme é um verdadeiro tributo emotivo também aos fãs
desse eterno personagem, feito com todo o carinho que ele merece.
3. A CHEGADA
Filme de Ficção Científica inteligente, sem apelação à ação e
um final catártico. Quantos anos faz que não aparece um filme assim? Acrescente
à isso uma trama bem construída, com significados mais íntimos do ser humano do
que o mero “contato imediato, e seu impacto no mundo”. Dennis Villeneuve se mostra
um dos melhores diretores da atualidade.
2. CAPITÃO FANTÁSTICO
Uma família criada nos ideais da anarquia e utopia
esquerdista, e os choques culturais quando o pai precisa levar os filhos para o
funeral da mãe, organizado pela família dela, conservadora e não liberal. Só isso
já é móvito pra atiçar a curiosidade. Mas este filme vai além. Ele mostra os
problemas dos dois lados dessas ideologias sem fazer julgamentos morais de cada
uma delas, deixando esse trabalho ao espectador. Criativo e inspirador!
1. ELLE
Um filme corajoso! O longa já começa com uma cena de estupro.
E nós acompanhamos todos os outros problemas da vida de uma mulher de meia
idade, o casamento do filho, o ex-marido, vizinhos, o medo de ser novamente atacada,
e até como isso afeta vida sexual dela. E tudo isso sem usar dos clichês de
nenhum outro gênero. Somos surpreendidos em cada cena. Apesar de ser um drama
pesado, há até mesmo cenas que mais parecem sitcom, mas sem cair na comédia
pura. Paul Verhoever (o diretor de Robocop) me surpreendeu de verdade!